Geralmente, a conscientização sobre o autismo acontece em 2 de abril, porém é importante que a discussão sobre o assunto seja feita durante o ano todo para evitar a propagação de equívocos.
Alguns discursos preconceituosos podem acontecer, pois certas pessoas não entendem a fundo como os autistas pensam e reagem aos estímulos do dia-a-dia. Após essa leitura, isso vai mudar.
Hoje vamos explicar de uma forma didática como uma pessoa com autismo enxerga o mundo. Coloque o cinto e vamos lá!
O que é autismo?
O autismo é o termo utilizado para se referir a pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista, conhecido também como TEA.
Em outras palavras, são crianças ou adultos que possuem dificuldade na comunicação, interação social e comportamento, podendo ser diferentes para cada um, visto que existem quatro níveis diferentes. Afinal, não somos todos iguais, né?
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Como uma pessoa com autismo enxerga o mundo?
Diferente do que muitos pensam, os autistas não vivem no seu próprio mundinho. O lugar é igual tanto para eles quanto para neurotípicos, o que muda é como uma pessoa com autismo enxerga o mundo e recebe os estímulos.
Estímulos
Vamos dar um exemplo prático. Quando uma pessoa acostumada à tranquilidade de cidades pequenas se muda para a capital, qual é a primeira reclamação dela referente a essa mudança? O barulho e o caos.
Bem, quando estamos inseridos em uma rotina que demanda lidar com a velocidade desses lugares, geralmente nos sentimos sobrecarregados. No entanto, conforme o tempo passa, é comum nos familiarizarmos e simplesmente pararmos de perceber o ritmo frenético do local.
Essa é a primeira diferença. Enquanto neurotípicos se acostumam ao receber diversos tipos de estímulos diferentes, os autistas continuam se sentindo cansados e ansiosos, pois não possuem tempo para digerir todas as informações de uma vez, independente do ambiente que esteja.
Diferenças sensoriais
Vale ressaltar que a maneira que uma criança ou adulto lida com os estímulos sensoriais é diferente de acordo com o nível do seu TEA. Dito isso, a maneira como uma pessoa com autismo enxerga o mundo está conectado diretamente aos sentidos.
Assim como é difícil lidar com as informações de um ambiente, existem diversas respostas neurológicas para organizar cada sensação de tato, olfato, visão, paladar e audição.
Por exemplo, em dias ensolarados os olhos doem quando fixamos o olhar para o sol por muito tempo, certo? Esse incômodo pode acontecer em autistas que são sensíveis a cores e iluminação, sendo pessoas que tendem a focar por longos períodos de tempo no centro e detalhes específicos de seus arredores.
O toque também pode ser desconfortável para eles, desde o realizado por outros indivíduos quanto o de itens como etiquetas na roupa.
Outra diferença também está no sabor e cheiro. Várias pessoas podem não gostar de certos alimentos devido ao gosto forte ou o odor, evitando comê-los. Os neuros divergentes podem possuir uma seletividade alimentar, comendo somente certas comidas com texturas conhecidas.
Comunicação
Da mesma forma que é difícil para neurotípicos compreender e processar informações quando várias pessoas estão falando ao mesmo tempo, essa situação também pode ser dolorosa para quem tem TEA por diversas razões.
Um dos motivos é a dificuldade que alguns autistas podem apresentar para compreender metáforas e ironias, sendo necessário um diálogo muitas vezes direto.
Outro fator está relacionado a fala, visto que certos casos podem apresentar apraxia ou serem completamente não-verbais, sendo importante um acompanhamento para desenvolver essa habilidade por meio da oratória.
Todavia, isso não afeta a compreensão de conversas em que esteja inserido, a não ser que esteja em uma situação que pode ser enxergada como caótica.
Interesses e habilidades específicas
Embora muitos pensem que autistas são superdotados, apenas 3% dos diagnosticados se encaixam nesse quadro. Entretanto, a maioria possui interesses e habilidades específicas em determinados assuntos, como, música, biologia, matemática, entre outros.
Essa paixão voltada para esses conteúdos mudam como uma pessoa autista enxerga o mundo, pois além de ajudarem no desenvolvimento de sua fala e acalmar sua ansiedade causada pela comunicação, também colabora para que ele entenda como funciona tudo o que o rodeia.
Convívio social escolar
O ambiente escolar pode ser desafiador dependendo do nível que a criança está do espectro, mas o convívio pode auxiliar no processamento dos diversos estímulos e as nuances das amizades e brincadeiras.
Além disso, a escola geralmente possui uma rotina pré-estabelecida, o que significa que muitas atividades são repetitivas, sendo um fator reconfortante para eles.
Nesse local é comum que a pessoa com TEA veja a instituição como se fosse um quebra-cabeça com peças que são quase impossíveis de se conectar entre si. Por conta disso, o apoio emocional vindo da família, coleguinhas e dos professores é essencial para que ele ou ela se sinta acolhido.
Quais estratégias usar quando uma pessoa com TEA está sobrecarregada?
Chegamos na grande pergunta, o que eu faço quando eu ver que uma criança ou pessoa com TEA está sobrecarregada e prestes a entrar em colapso? Existem algumas estratégias que você pode adotar para acolher os autistas nesses momentos de aflição.
O ponto mais importante é dar um tempo para que ela processe todos os estímulos que pode estar recebendo, visto que o que engatilha uma crise é o acúmulo de informações.
Muitas pessoas tendem a julgar primeiro quando presenciam uma situação dessa, podendo considerar até a criança mimada. Por favor, não faça isso.
A empatia deve ser o sentimento que deve prevalecer, portanto, pergunte aos familiares se precisam de ajuda em algo, uma vez que eles fazem acompanhamento profissional e entendem melhor quais estratégias funcionam ou não para seus filhos.
Por fim, cada neuro divergente pode lidar de formas diferentes. Ou seja, alguns irão preferir estar em um ambiente silencioso e sozinhos, enquanto outros gostam de serem abraçados e acolhidos por pessoas em que eles confiem, sendo interessante sempre perguntar o que ela ou ele precisa.
Como a metodologia da Happy pode ajudar crianças com TEA?
A metodologia da Happy foi criada pensando em incluir todos os perfis de alunos, uma vez que contempla a capacidade real do indivíduo. Como o currículo abrange assuntos do ramo tecnológico, se torna um atrativo e causa identificação para muitas crianças autistas.
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O ensino do Code, Money e o Speech acontecem em turmas pequenas e de forma mais individualizada, o que significa que conseguindo dar uma atenção maior e incluí-los durante as aulas, garantindo o acolhimento que todos pequenos precisam para construir seu caminho para o futuro.
Portanto, se você busca um ensino inclusivo que prepare autistas para o mundo das tecnologias, conheça já os cursos da Happy, a escola que coloca seu filho(a) como protagonista!
Esperamos que tenha gostado de aprender como uma pessoa com autismo enxerga o mundo. Aproveite e aprenda também sobre educação financeira infantil. Até a próxima!