O avanço das tecnologias digitais trouxe muitas facilidades e entretenimento para o dia a dia, mas também levantou uma questão importante para os pais: quanto tempo uma criança pode ficar no celular? 

Estudos indicam que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode impactar o desenvolvimento físico, mental e emocional dos jovens, tornando essencial o estabelecimento de limites e regras de uso.

Neste blog, iremos explorar a idade adequada para iniciar o uso de telas, o tempo de tela por idade, os principais impactos do excesso de tela e, finalmente, algumas estratégias para ajudar você a regular o tempo que seu filho passa diante de dispositivos.

Qual é a idade para iniciar o uso de telas?

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças menores de 2 anos não tenham contato com telas, como TV, celulares e tablets. 

Nessa idade, a interação com o mundo físico é essencial para o desenvolvimento motor, emocional e social, e o uso de dispositivos eletrônicos pode interferir nesse processo natural de aprendizado.

A partir dos 2 anos, a exposição pode ser gradualmente introduzida, mas de forma muito limitada e com supervisão. Para crianças de 2 a 5 anos, o tempo de tela não deve ultrapassar uma hora diária e precisa ser preenchido com conteúdo apropriado e educativo, afirma a SBP. 

Essa fase exige cuidados redobrados, pois é nela que a curiosidade e a imaginação se expandem rapidamente, necessitando de experiências sensoriais e sociais reais, que as telas não proporcionam.

Quanto tempo uma criança pode ficar no celular?

Os especialistas em pediatria indicam que o tempo de exposição às telas deve aumentar gradualmente conforme a idade, mas sempre com limites bem definidos. A seguir, explicamos as recomendações sobre o tempo de tela por idade.

1. De 2 a 5 anos

    Nessa fase, o uso de telas deve ser limitado a uma hora por dia, com supervisão constante dos pais e preferência por conteúdos educativos e interativos. 

    Crianças nessa idade estão em pleno desenvolvimento social e emocional, e o excesso de tempo em telas pode comprometer essas habilidades.

    2. De 6 a 10 anos

      Para crianças em idade escolar, o limite recomendado é de uma a duas horas diárias. Esse período pode incluir atividades de entretenimento e educativas, mas sempre em equilíbrio com atividades físicas e brincadeiras offline.

      3. De 11 a 17 anos

        Nessa fase, as telas se tornam ferramentas de estudo, comunicação e lazer. Ainda assim, é indicado que o uso diário seja limitado a duas a três horas, evitando excessos, especialmente as “viradas de noite”, que prejudicam a qualidade do sono e a saúde mental dos adolescentes.

        Esses limites são sugeridos para garantir que as crianças e adolescentes aproveitem o melhor dos dispositivos sem perder o contato com experiências essenciais para o desenvolvimento integral. 

        Lembrando que, ao manter um monitoramento atento, os pais podem ajudar seus filhos a usar a tecnologia de forma mais saudável e consciente.

        Impactos do excesso de tempo de tela

        Embora as telas façam parte do cotidiano e ofereçam diversas vantagens, o uso excessivo pode causar efeitos negativos à saúde física, mental e ao desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes. Entender esses impactos ajuda os pais a definirem limites mais conscientes e equilibrados.

        1. Saúde física

          O uso prolongado de telas, principalmente de celulares e tablets, está associado a problemas como sedentarismo, obesidade e dificuldades de postura. 

          De acordo com o Instituto Fernandes Figueira – Fiocruz, crianças que passam muitas horas em frente a telas tendem a adotar posturas inadequadas e ficam menos ativas, o que pode levar a dores musculares e problemas osteoarticulares. 

          Além disso, o contato prolongado com dispositivos eletrônicos pode prejudicar a visão, resultando em sintomas como cansaço ocular, olhos secos e, em alguns casos, o desenvolvimento de miopia.

          2. Saúde mental

            O impacto do excesso de tela na saúde mental é um tema amplamente debatido. De acordo com estudos do Instituto de Psicologia da USP, o uso constante de dispositivos eletrônicos pode aumentar os riscos de depressão e ansiedade em jovens, além de influenciar na qualidade do sono e nos níveis de atenção. 

            O estímulo contínuo das redes sociais e dos jogos eletrônicos pode gerar uma sensação de hiperconexão, dificultando a desconexão e a prática de atividades mais relaxantes e introspectivas.

            3. Desenvolvimento cognitivo

              Pesquisas indicam que o uso excessivo de dispositivos digitais pode prejudicar o desenvolvimento da linguagem, a habilidade de resolver problemas e as competências socioemocionais, uma vez que as interações diretas e atividades exploratórias são substituídas por estímulos virtuais. 

              Crianças que passam muito tempo em telas podem apresentar atrasos na capacidade de comunicação e na interação social, perdendo a oportunidade de desenvolver habilidades essenciais para a vida adulta.

              Como regular e estabelecer limites para o uso de telas

              Estabelecer e manter um equilíbrio no uso de telas pode parecer um desafio, especialmente com a popularização das tecnologias digitais e o crescente interesse das crianças pelos dispositivos. 

              No entanto, com algumas estratégias, os pais podem garantir que o uso seja saudável e produtivo para seus filhos.

              1. Estabeleça regras claras e consistentes

              Definir regras de tempo e horário para o uso é um passo fundamental. Especificar momentos sem tela, como durante as refeições e antes de dormir, ajuda as crianças a compreenderem e respeitarem esses limites. 

              Criar uma rotina sem telas pelo menos uma a duas horas antes do sono pode melhorar a qualidade do descanso e reduzir o impacto do uso de eletrônicos na rotina familiar.

              2. Ofereça alternativas saudáveis e engajadoras

              Encorajar atividades alternativas é essencial para reduzir o tempo de tela. Incentivar brincadeiras ao ar livre, práticas esportivas, leitura e atividades artísticas pode despertar o interesse das crianças por ocupações que não dependem de dispositivos eletrônicos. 

              Além de reduzir o uso de telas, essas atividades ajudam no desenvolvimento motor, na socialização e na criatividade.

              3. Participe ativamente no mundo digital da criança

              O acompanhamento dos pais é importante para garantir a segurança e a adequação do conteúdo consumido pelas crianças na internet

              Participar das atividades digitais dos filhos, seja assistindo a um filme juntos ou conhecendo os jogos e aplicativos utilizados, permite que os pais se mantenham informados e possam dialogar com os filhos sobre os benefícios e os riscos do uso da tecnologia.

              4. Mantenha um ambiente livre de telas em momentos de conexão familiar

              Reservar espaços e horários “livres de tela” para a interação familiar fortalece os laços e promove uma convivência mais próxima. Essa prática também serve como um exemplo para os filhos sobre a importância de saber equilibrar o uso de dispositivos.

              Essas estratégias simples ajudam a criar uma rotina mais equilibrada e saudável, permitindo que as telas façam parte do cotidiano, mas de maneira consciente e controlada.

              Alternativas saudáveis e educativas

              Oferecer alternativas ao uso de telas é uma maneira eficaz de garantir que as crianças e adolescentes desenvolvam habilidades essenciais para o crescimento pessoal e social. 

              Atividades que estimulem a criatividade, o movimento físico e o aprendizado prático são ideais para substituir o tempo em frente a dispositivos eletrônicos. Aqui estão algumas opções recomendadas:

              1. Incentivo à leitura

              O hábito da leitura é uma alternativa enriquecedora para o tempo de tela, promovendo o desenvolvimento do vocabulário, da imaginação e do pensamento crítico. 

              Selecionar livros adequados para cada faixa etária ajuda a despertar nas crianças o gosto pela leitura desde cedo, incentivando o aprendizado contínuo.

              2. Brincadeiras ao ar livre e atividades físicas

              Brincadeiras ao ar livre, como pega-pega, esconde-esconde, futebol e jogos de tabuleiro ao ar livre, oferecem diversão e também fortalecem a interação social

              A prática de atividades físicas regulares é recomendada tanto para o desenvolvimento físico quanto para a saúde mental, ajudando a reduzir o estresse e a aumentar a autoestima.

              3. Projetos manuais e criativos

              Atividades manuais, como a criação de brinquedos artesanais, pintura, montagem de quebra-cabeças e jardinagem, incentivam a concentração e a paciência, além de estimular a criatividade infantil

              Essas práticas permitem que as crianças vejam resultados concretos dos seus esforços, proporcionando uma sensação de realização e fortalecimento das habilidades motoras.

              4. Atividades extracurriculares

              A Happy oferece uma série de cursos extracurriculares que ajudam a enriquecer o desenvolvimento infantil de forma prática, criativa e estimulante. 

              Cada curso foi pensado para promover habilidades importantes para o futuro das crianças e adolescentes, funcionando como uma alternativa educativa e engajadora. 

              Na Happy Money, os alunos têm a oportunidade de aprender sobre educação financeira de maneira prática e acessível. Já a Happy Speech é focada no aperfeiçoamento de habilidades de comunicação e oratória, ajudando crianças e adolescentes a se expressarem de maneira confiante e clara. 

              Já a Happy English é voltada para o aprendizado da língua inglesa e utiliza métodos interativos e modernos para ensinar o idioma de forma envolvente. 

              Esses cursos da Happy representam alternativas saudáveis, incentivando o desenvolvimento integral e habilidades essenciais para o futuro, tudo de forma dinâmica e educativa.

              A criação de limites e alternativas para o tempo de tela por idade é um passo essencial para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes. 

              Ao oferecer atividades envolventes, estabelecer regras claras e acompanhar o uso dos dispositivos, os pais ajudam seus filhos a aproveitar os benefícios das tecnologias modernas sem comprometer o crescimento pessoal e social.

              A Happy entende os desafios de equilibrar o uso de telas e, por isso, oferece cursos extracurriculares que incentivam o aprendizado prático, a criatividade e as habilidades sociais. Dessa forma, além de uma alternativa ao tempo de tela, a Happy proporciona uma oportunidade de aprendizado e crescimento que valoriza o potencial único de cada jovem. Gostou deste conteúdo? Leia também sobre como praticar a comunicação não violenta e até mais!

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