Se para as pessoas das gerações anteriores o mundo analógico foi gradativamente inundado pelo mundo digital, para as “gerações z” (composta por crianças e adolescentes que nasceram após o ano 2000) a realidade é diversa, ao passo que estes jovens já nasceram rodeados de tecnologia digital, se conectando, compartilhando conteúdo e atuando ativamente na rede mundial de computadores.

Esta prática também se aplica ao e-commerce, sendo que jovens cada vez mais cedo passam a compor o mercado digital e passam a realizar compras pela web. Nesse sentido, em pesquisa divulgada pelo Mobile Marketing Association os jovens da “geração z” são os responsáveis por ditar as tendências do e-commerce. Em referida pesquisa, se apurou que a cada 2 em 3 adolescentes, entre 13 e 17 anos, já fizeram compras pelos meios virtuais e, ainda, que em relação às pessoas de 25 a 34 anos, se compararmos as preferências entre compras online e compras em loja física, os números são bem próximos, 89% e 96% respectivamente. No mais, referida pesquisa mencionou que 53% dos jovens de 13 a 17 anos procuram os preços e variedades online antes de fazer suas compras, sendo que Vídeo Games, Livros e Vestuário são os produtos mais comuns comprados no meio virtual pelos adolescentes.

Dentre as razões que levam os jovens a migrar para as compras online, segundo referida pesquisa, estão a “conveniência”, “haver melhores promoções”, “facilidade de acesso a várias marcas” e “agilidade”. Nesse contexto, se torna necessário que os pais e responsáveis tenham ciência da importância e necessidade de educar os seus filhos quanto a uso da internet também voltado ao comércio virtual, para que os pequenos se tornem consumidores responsáveis e conscientes também no mundo virtual.

O primordial é que os pais e responsáveis ensinem e participem da primeira compra online de seus filhos, para ensiná-los o passo-a-passo desta compra, na prática. Nesse ponto, importante frisar ao menor a necessidade de se verificar a existência do (i) “selo Site Blindado”, (ii) de informações fidedignas como CNPJ, e-mail, telefone e endereço do fornecedor; (iii) se não há reclamações relevantes acerca do mesmo em sites de denúncias como o “Reclame Aqui”; (iv) se há cadeados na barra de navegação; e (v) sempre preferir o pagamento por cartão de crédito, principalmente se o consumidor ainda não conhece a loja virtual, vez que por este meio de pagamento é mais fácil se garantir o externo da compra.

O jovem deve ter ciência, também, que os dados fornecidos para a aquisição dos produtos serão armazenados pelo fornecedor online e ter ciência da finalidade que será dada para estes dados, o que constará nos termos de uso do portal. Importante se evitar clicar em promoções encaminhadas por links e mensagens eletrônicas, ou adquirir produtos com a inclusão de dados sensíveis em equipamentos eletrônicos compartilhados como em Lan Houses. Dentre outras dicas importantes disponibilizadas pela Safernet (Associação de Defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil).

Outro ponto importante relacionado a compra online dos jovens, consiste no comércio atrelado aos jogos online e outros aplicativos interativos, vez que por serem meios interativos e de recreação, envolvem emocionalmente o menor, que é mais vulnerável devido a ingenuidade típica da idade. No mais, importante que os pais monitorem a utilização do cartão de crédito e acompanhem a aquisição do mundo virtual assim como no real, para não só manter o controle financeiro do menor, mas também evitar que o mesmo seja vítima de golpes e fraudes.É de se ter em mente que os pequenos consumidores estão em formação e o marketing digital cada vez mais se aprimora com a utilização de mecanismos e análise de dados para ganhar o mercado, o que é fantástico se observado com os cuidados necessários.

Por Alessandra Borelli e Helena Mendonça

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