Diferentemente das gerações passadas, as crianças e adolescentes da chamada geração Z (nascidas a partir da década de 2000), não conheceram o mundo sem a internet e cada vez mais cedo dominam os dispositivos eletrônicos de seus pais e almejam possuir os seus próprios.

Contudo, se para os pequenos a internet é sinônimo de entretenimento e diversão sem fronteiras, cabem aos pais e responsáveis os alertarem sobre os riscos próprios do meio e adotarem as medidas necessárias para a proteção dos menores.

Isso pois, ao mesmo tempo que a Internet proporciona experiências incríveis, tais como: facilitar o acesso à informação, comunicação, ouvir músicas, assistir vídeos e filmes, ler livros e jogar online, há também, inúmeros riscos, com os quais é preciso que estejamos atentos.

Por exemplo, o anonimato aparente dos usuários propicia uma maior exposição dos pequenos na rede, já sua pouca experiência, potencializa os riscos destes desenvolverem confiança e intimidade com outros usuários mal-intencionados.

Importante pontuar aos pequenos, que há sim limites quanto ao uso do meio virtual. Não se deve publicar imagens, vídeos e textos que ridicularize ou exponha terceiros indevidamente ou, ainda, que exponham o próprio menor, lembrando que juridicamente, os danos acarretados pelos filhos a terceiros ou a eles próprios, inclusive no mundo online, são de responsabilidade dos pais, que devem, inclusive, arcar com eventuais prejuízos causados.

Importante que os façamos compreender que, se por um lado o compartilhamento de conteúdo e informações na internet é realizado de forma rápida e fácil, por outro, para que ocorra a remoção do conteúdo posteriormente, via de regra, é moroso, custoso e extremamente difícil.

Um bate papo frequente com a criança sobre o assunto, para se alertar sobre os riscos e oportunidades que as novas tecnologias oferecem, e se estabelecer regras e limites para utilização de equipamentos eletrônicos, constitui, sem dúvida, o melhor caminho para segurança digital de crianças e adolescentes.

Para tanto, manter-se informado sobre os que filhos (gostam de) acessam é fundamental, assim como conhecer as respectivas possibilidades de configuração dos dispositivos eletrônicos e programas utilizados – inclusive para ensiná-los a utilizar ferramentas de segurança que as próprias tecnologias oferecem.

Instalar programas e games próprios para a idade dos filhos, baixar aplicativos inteligentes, configurar a privacidade dos perfis das redes sociais, são algumas soluções criativas para que as crianças explorem as novas tecnologias da forma mais segura e aprendam a tirar o melhor e mais seguro proveito de tudo que lhe está sendo oferecido.

Sim, continuam valendo os tradicionais e conhecidos conselhos: “Não diga nada online que você não diria pessoalmente, publicamente”, “não se deve falar ou aceitar ofertas de estranhos”, “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”, “fique atento com os aparelhos eletrônicos quando andar nas ruas”, “respeito é bom e todo mundo gosta”. Afinal, no ambiente virtual, não sabemos as reais intenções de quem está por trás dos computadores, podendo, ainda, ser outra pessoa, diferente da qual imaginamos.

Por mais “fofo” que possa parecer, é preciso lembrar que a entrega do primeiro smartphone ou tablet a uma criança, acarretará em responsabilidades e dever de acompanhamento por parte dos responsáveis, que devem avaliar se realmente é o momento do menor receber tal ferramenta, tão fascinante como potencialmente perigosa, a depender da forma como será utilizada. Para maiores informações sobre este tema, aconselhamos o acesso ao artigo http://www.happycodeschool.com/blog/idade-certa-para-o-primeiro-celular/.

E por que não fazer um combinado a “quatro mãos”? Como exemplo e a título de sugestão (afinal cada família tem sua rotina), compartilhamos dois contratinhos elaborados pela Nethics, um sobre o uso do celular http://nethicsedu.com.br/wp-content/uploads/2015/07/nethics_0007_folder-web_menina-PORT.jpg e outro sobre navegar na web http://nethicsedu.com.br/wp-content/uploads/2015/07/nethics_0007_folder-celular_menino-PORT2.jpg.

Alessandra Borelli e Helena Mendonça

17.09.2017

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